23 de setembro de 2009

AO CAÓTICO ALIVIADO


Aqui jaz o tempo
Apodrecendo no hiato
De um infinito entreato
Você agora paira isento
Na lacuna do roteiro
Sem sorriso ou lamento
Não presenteia o mundo como antes
Já não faz do caos, uma estrela brilhante
Alheio ao porvir
Sem escolher ou preferir
Ignora a beleza de um verso parir
É covarde, é inerte
Não inova nem repete
Despe-se da vontade
Culpa a maldade
E não se lembra do que é verdade

De que é Deus do próprio tempo
De que o que procura está aí dentro
De que, um dia, a angústia parte
E essa dor
Não vira arte

2 comentários:

Flávio disse...

Bem bom, esse!

Anônimo disse...

Schön! Ich mag gern! : )