18 de março de 2011

CONFIA




Se o azul do mar já não se confunde com o do céu
Se a vista da janela hoje tem gosto de fel
E o existir é só representar mais um papel

Confia tua mão, meu bem
Junto a ti, provarei de um novo mel

Se as paredes insistem em se aproximar
Se o travesseiro é o ombro pra chorar
E o dia não tem razão para acordar

Confia tua mão, meu bem
Junto a ti, enxugarei o nosso lar

Se o som que escutas não é a trilha que eu faria
Se o cantar já perdeu a melodia
E o teu viver outrora eu coloria

Confia tua mão, meu bem
Junto a ti, pintarei um belo dia

E quando o calor de nosso enlace
Comprovar a sintonia

Confia teu coração, meu bem
Confia