18 de março de 2011

CONFIA




Se o azul do mar já não se confunde com o do céu
Se a vista da janela hoje tem gosto de fel
E o existir é só representar mais um papel

Confia tua mão, meu bem
Junto a ti, provarei de um novo mel

Se as paredes insistem em se aproximar
Se o travesseiro é o ombro pra chorar
E o dia não tem razão para acordar

Confia tua mão, meu bem
Junto a ti, enxugarei o nosso lar

Se o som que escutas não é a trilha que eu faria
Se o cantar já perdeu a melodia
E o teu viver outrora eu coloria

Confia tua mão, meu bem
Junto a ti, pintarei um belo dia

E quando o calor de nosso enlace
Comprovar a sintonia

Confia teu coração, meu bem
Confia

3 comentários:

Liana Alves disse...

Bom, não te conheço, vim parar aqui por uma dessas aleatoriedades da vida, e adorei o que vi. Me identifiquei com muitas das coisas escritas aqui. Você deu voz ao que eu, nem sempre, soube nomear. Como dizia Clarice, 'escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador." Nesse caso, para mim, ler! Obrigada e Parabéns.

Nina disse...

Olá, encontrei seu blog através de uma amiga...
Encantadoras as suas palavras! Adorei o espaço e amei sua poesia! Está difícil encontrar pessoas de sensibilidade hoje em dia. Fico feliz que a vida ainda me surpreende com esses presentes!
Parabéns! Não deixe de compartilhar conosco suas letras!
Beijos, Nina

Flavia disse...

amei