18 de janeiro de 2010
DESPE TUA CAPA, SUPEREGO
Em minha boca, um desenho sobre a vida.
Na tua, o silêncio que ensurdece.
Em meu olhar, algo que não se verbaliza.
No teu, a essência flui e te enobrece.
Inunda.
Banha o ombro dessa alma nua.
Lava comigo essa realidade imunda.
Aproveita o que, hoje, ainda é só um encosto.
E me mostra o verdadeiro contorno do teu rosto.
Descubra.
Sente a beleza de te quedar desnuda.
Desiste de tentar secar o que te faz pura.
Enterra esse sorriso morto.
E renasce como no dia do teu primeiro choro.
Vive.
E pra isso, morre.
Vibra.
E pra isso, sofre.
Sorri.
E pra isso, chora.
E pra entenderes o que te fará amar,
Lê esse verso subliminar no meu olhar.
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