
O quanto dos nossos encontros em vida é realmente fruto do acaso?
Bem. Antes de tudo, falo daqueles encontros com jeito de atropelamento.
Aqueles que nos jogam pro alto com a mesmíssima violência que nos fazem cair.
Avarias não mostradas na lataria, mas carregadas eternamente na lembrança.
Agradável sensação de flutuar. Esquisita de perder o chão. Dolorosa de se levantar.
Encontros e reencontros.
Serão mesmo meros eventos aleatórios?
Será que não conspiramos?
A cada dia. A cada noite. A cada fala. A cada verso.
Será?
Será que não é nosso instinto suicida que nos guia até eles?
Será que não somos nós, e só nós, na nossa nem tão inocente inconsciência, que escolhemos viver os mais deliciosos acidentes de nossa existência?
Livre arbítrio.
O maior dos presentes. O maior dos medos?
GONDRY MEETS PETRUCCI